Pesquisa do Expresso Feminino

18 de maio de 2016

Paixão


Por Flávia Pantoja Strafacci

          A melhor definição que já li sobre a paixão é “que seja mortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.

         É exatamente isso: algo intenso que nos toma, nos deixa inebriados, meio sem juízo, meio sem noção. Fazemos coisas inesperadas, podemos ser o melhor e o pior de nós mesmos. Não é à toa que dizem que nos cega e nos levam a cometer loucuras... uma paixão avassaladora é como um vício difícil de largar, queremos mais mesmo que não nos faça bem.

       Fica difícil de se recompor quando ela nos é tomada ou quando se acaba por parte do outro, já que a paixão anda lado a lado com o ego ferido, muitas vezes frustrados pelas circunstâncias. Muitos nunca a superam se maltratando eternamente, alimentando o sentimento de perda, de derrota, quase como um masoquismo por parte de nossa cabeça tomada por um veneno que cega.

      Se apaixonar é muito bom, enquanto você obtém controle da situação e dá o melhor de si e recebe em troca. Uma grande paixão pode ser melhor ainda, porém nos devasta como um grande tufão, levando nossa esperança pelo amor, leva o ego embora permitindo que façamos coisas que jamais faríamos.

       Paixão nada tem a ver com o amor verdadeiro. O amor constrói, cria raízes, nos conforta, permite que vejamos com clareza e temos a oportunidade de construir algo sólido sobre essa relação. O amor, quando baseado nas coisas certas, com os itens certos, pode durar par sempre.

        A paixão é como um tornado, um maremoto, o êxtase trazido por uma droga...vem, mexe com você, te faz achar que não pode viver sem aquela pessoa e simplesmente some, deixando rastros por toda parte.

       Mas vale a pena. Quando vivenciamos uma grande paixão e conseguimos superá-la, reconstruir o ego e reconhecer que não, não vamos morrer sem aquela pessoa, estamos livres e prontos para o verdadeiro amor.

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