Pesquisa do Expresso Feminino

12 de maio de 2015

Dar satisfação social impede sua felicidade



        Temos o hábito de nos preocuparmos em dar satisfação para os outros. O que os vizinhos vão pensar? E meus pais? Jamais aceitariam isso!!!
        Julgar o outro é algo tão comum que quando queremos algo considerado fora do padrão social do tempo em que vivemos já pensamos no que vão achar da gente. Se julgamos, é óbvio que vão nos julgar.
        Acabamos por não termos o direito de escolher como queremos viver e o que realmente nos faz feliz. Daí você tem que tomar uma coragem imensa para pedir para sair daquele emprego maravilhoso que todos desejam ou escolher largar tudo para ser mãe.
        Se escolher uma profissão não tradicional você estará fadado a ser o eternamente “folgado”, que gosta de viver de brisa... E daí? Quem não gosta??? Eu adoraria de verdade saber viver de brisa... Infelizmente minha educação e crenças não me permitem, fico sempre imaginando o que seriam de meus filhos se eu vivesse de brisa... Na realidade acho que eu não aguentaria uma vida tão simples. Mas realmente admiro a vida simples...
        Outro dia mostraram no programa ‘Mais você’ um surfista que postou um vídeo no youtube dele surfando em cima de uma cadeira de praia e tomando um drink (isso tudo em cima da prancha ao mesmo tempo em que descia a onda, tá?), na matéria Ana Maria e Louro José demonstravam invejar a vida do cara...só que para viver de frente para aquele mar e surfar, ele dá aulas de surf para crianças e trabalha num bar, além de ter que abdicar de muitas mordomias da vida; ou seja, até pra se viver de brisa tem ralar de alguma forma...e fazer escolhas...ele trabalha, faz o que gosta e vive onde gosta. Acho que o diferencial dele, na realidade, é que ele se conhece bem, responde às próprias expectativas sem dar muita satisfação pra ninguém e é feliz.
          Não invejamos o cara que vive na praia e surfa por isso, nem o cara que trabalha testando jogos de vídeo game pela profissão dele...nós desejamos ter a coragem que eles tiveram de assumir o que gostamos e realmente fazer dar certo.
           Realmente importa o que vão achar de você porque você abdicou tudo para ser mãe em tempo integral? Ou largou o emprego que te pagava superbem mas te consumia a vida?
          Há poucas décadas, as mulheres mal saiam às ruas sozinhas, então lutaram por sua independência, poder fazer aquilo que a faz feliz, trabalhar, estudar, responder por si mesma. Mas chegamos a um ponto onde temos essa garantia de que podemos fazer absolutamente tudo. Ganhamos o mundo e já podemos nos dar o gostinho da simples escolha: quero cuidar de meus filhos em casa ou não quero ser mãe ou quero ser hippie e viver na praia numa barraca vendendo artesanatos.
        Por que ficar presa num emprego que a consome, a deixa sem saúde, sem namorado, sem vida? Por causa do status?  Por causa do bom dinheiro que te pagam? Por que o vizinho vai achar absurdo você larga-lo?
       Temos que pensar na nossa felicidade. E felicidade cabe somente a nós mesmos. O que me faz feliz não faz o vizinho, nem meu irmão, nem meu pai feliz. Felicidade é algo relativo!!! Assim como os sonhos...se você perguntar para diversas pessoas qual é o sonho delas vai se surpreender com a diversidade das respostas.
       Feliz é aquele que tem coragem para fazer o que gosta! Claro que quando se tem uma família para alimentar temos que, no mínimo, ter um plano para que tudo dê certo. Não vamos deixar nossos filhos passarem necessidade por causa de sonhos mal executados. Mas também não vamos nos esconder atrás de nossos filhos para nunca realizarmos nossos sonhos...muito menos permitir que o ‘social’ te impeça. Sempre alguém terá uma opinião precipitada de uma ação independentemente do caminho que você tome (não se pode agradar a todos!). Então o segredo é julgar menos: julgando menos, você se preocupa menos com os julgamentos alheios e vive mais a sua vida.
       Então se pergunte: o que eu gostaria de ser e fazer? O que realmente me dá prazer na vida? Consigo viver disso? Quais são as implicações? Realmente serei feliz com essa vida? Consigo viver com menos do que vivo? Ou preciso de mais  (algumas pessoas simplesmente não são felizes vivendo com pouco dinheiro, essas têm que ter sempre um bom planejamento e pensar muito bem em suas escolhas)? Gosto de luxo, de conforto ou me basta o simples? Coloque na balança e reveja sua vida.
        Muitas pessoas chegaram exatamente onde queriam só não conseguem valorizar o que tem, então não será largando tudo que serão felizes. Mas maioria deixou a vida as levar e nem sabem como foram parar na vida que possuem... E se contentam, como se contentaram no passado, em deixar a vida continuar as levando...sem grandes perspectivas, sem grandes alegrias... Só pelo medo da ilusão... Sem perceber que ilusão mesmo é viver uma vida medíocre, sem buscar seu verdadeiro ‘eu’... E o que se deixa pra trás quando tudo termina? No fim, o que vale foi a vida que você viveu.

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