Pesquisa do Expresso Feminino

22 de fevereiro de 2010

Gentileza

por Flávia Pantoja Strafacci

Hoje li um texto enviado para o meu correio eletrônico intitulado como “Gentileza gera gentileza” de Eliane Brum, repórter especial de ÉPOCA. Gostaria de comentá-lo logo hoje, em plena segunda, dia mundial da preguiça e do mau-humor.
Provavelmente esse mau-humor seja gerado pela insatisfação vivida no cotidiano. Nosso subconsciente já sabe que a semana cheia de falta de gentilezas se aproxima, então já acordamos preparados para uma ‘guerra’.
Ao ler o texto de BRUM me lembrei de cenas que me marcaram. Certa vez, há muitos anos, estava num péssimo dia e não podia deixar de ir à escola. Sabe aquele dia que você não quer dizer bom dia a ninguém, pois não tem nada de bom? Até que passei por uma menina que eu nem conhecia, ela sorriu para mim – um sorriso franco – e me desejou bom dia. Eu respondi sua gentileza e meu coração se abriu. Ela modificou meu dia logo cedo com um ato tão simples que me lembro daquela sensação como se tivesse acontecido ontem. Parecia que tinha sido tocada por um anjo.
Desde então passei tentar observar as coisas de forma positiva, tentar não me envenenar com as grosserias e sapos engolidos no dia a dia. Claro que muitas vezes isso se torna impossível, mas é sempre bom relembrar da sensação de purificar a alma com uma atitude singela.
Para ser gentil não precisa ser elegante, estudado ou simpático. Eu mesma sou uma pessoa pouco simpática, me enquadro mais no quesito ‘bicho do mato’, tímida mesmo... Mas não precisa ser miss simpatia para ser gentil.
Gentileza está em pequenas atitudes que fazem grande diferença como dar a vez para uma pessoa mais velha, segurar a porta do elevador, segurar a porta que você está entrando e outro está saindo, auxiliar de verdade alguém que precisa de informação, dar o lugar para uma pessoa de idade sentar. Enfim, ser gentil é ser educado e prestativo.
Agir com raiva e falta de educação é mais fácil do que deixar uma grosseria sem resposta. Uma vez eu estava rindo a toa e uma pessoa zombou sem pena de mim assim na minha cara, não sei se ela pensou que eu era retardada a ponto de não entender que ela estava zombando ou se ela queria briga. Outra pessoa se incomodou com a atitude dela e deu uma chamada nela, eu continuei com meu sorriso, a encarei e virei o rosto...
Sempre me perguntei se eu não deveria ter dado uma resposta a ela, mas toda vez prefiro pensar que a vida é tão cheia de surpresas e essa pessoa tem muito que aprender pela frente. Não seria um sermão ou uma resposta bem dada que eu conseguiria mudar a forma grosseira e infantil dela agir, então eu me poupei de perder meu dia com alguém que não merecia um décimo de segundo de minha vida.
Acho que o mais difícil de não me tirar do sério é falta de educação mesmo. Sabe, pessoas que furam fila descaradamente, não respeitam a vez, pessoas que passam por cima de você e nem pedem desculpas. Pessoas que não têm escrúpulos, que me tratam mal ou são falsas eu até consigo tirar de letra, mas gente sem educação é um problema para mim.
Existem três palavrinhas mágicas capazes de mudar a rotina maçante das pessoas: por favor, com licença e obrigado. Atitudes gentis com o uso dessas palavras podem fazer um mundo bem melhor. Vamos começar a semana com o pé direito! Observar as coisas belas, ignorar pessoas raivosas e tentar sorrir mais – um sorriso dado na hora certa pode evitar um dia de fúria!!!

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